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AUTO RESENHA MERCADO DAS FLORES, por Dom de Oliveira.
Música: Fechando os Olhos. Aqui: http://rd.io/x/QWvPJzderXir/

“Vida de compositor e poeta não é fácil.” Vai ser assim que vou começar a pequena auto resenha de Mercado das Flores. =-)))

É verdade, não é fácil. Mas para quem é? Bem poucos. No entanto, não ser fácil só se refere tão somente a questão financeira. É que as contas dos artistas estão aí. São como as suas, meu caríssimo. Eu e você sabemos, nenhum credor quer postergar o recebimento de seus créditos. Justo. Nem nós deixamos de pagar, claro! Pena que alguns contratantes nem se importem com as contas dos artistas contratados. Hahaha para eles. Sem delongas. O trabalho musical e poético é prazeroso, mas tem muitas dores também. São outras dores, outros fatores de estresse que há na venda de shows ou gravação de um disco. Eu não vou citar quais são, não. Nem vale a paga, são bem poucos. O que importa é que a cabeça no lugar, o foco em resultados e a compensação extremamente prazerosa ao ver e ouvir seu trabalho sendo finalizado e disponibilizado ao público é tão grande que mais parece um orgasmo volumoso cheio de fluídos, gozos, sentires táteis, saliva, trocas, boca, anca, nuca e seios. É bom, é muito bom! E vale a pena. É… Mas as contas ainda estão lá para pagar. Ajuda a divulgar, gente! Hehehe…

A música Fechando os Olhos é daquelas que bateram em mim, veio do nada, ou do tudo inconsciente. Fala de alguma Carol perdida, mas serve para as Claras, Joanas, Marias, Carlas perdidas no passado que nunca se viveu, que nunca nos veio, dos amores nunca vividos. Carol é morta, mas também nunca viveu. Está nos textos platônicos, das possibilidades, dos desejos, dos anseios e sonhos. É música que fala disso, de amor e desejo. De um ideal diferente das comédias românticas. É mais profundo, mais perto do ideal ultrarromântico, aquele de Álvares de Azevedo, Fagundes Varela, de Lord Byron. A moça é perfeita demais, o amor é lindo demais para vivê-lo. Penso que os ultrarromânticos não levavam em consideração que, mesmo achando-se impuros, pessimistas e incapazes de amar o “impossível”, já faziam algo colossal. Sonhar um amor assim, tão maior de si, que si, tão maior que o mundo e querer vivê-lo, sonhar vivê-lo, é tarefa somente para corajosos, amantes, senhores de si. É preciso força para sonhar ter o impossível. O desejo de tê-lo está lá e é forte.

A Fechando os Olhos me remete aos vales e prados selvagens, muitos ainda virgens, que habitam os nossos sertões de Goiás, do Norte de Minas, de Tocantins e Maranhão. Eu imagino esta canção se passando naquelas montanhas de lá, naqueles vales de lá, sonhando sobre uma mulher nascida lá e de lá vivente. É música sertaneja, de certo modo. O início da faixa tem a presença do som desses ventos sertanejos, das brisas constantes das montanhas bucólicas em contato com a vegetação. É música para violões, primordialmente. Mas a bateria e o contrabaixo estão lá, assim como em todo o compacto. Eu escolhi o trio violão/guitarra, baixo e bateria como o mote principal de todos os arranjos do disco, de uma sonoridade que eu buscava e encontrei por acaso quando assumi que não incluiria outros instrumentos de base. E este trio fará parte de todo o disco, inclusive o porvir. O instrumental impecável do trio é composto pelo violão de Igor Seiji, o baixo de Vinícius Nicoletti e bateria de Marcelo Bucater.

O arranjo de Fechando os Olhos nasceu com a minha composição finalizada. Fizemos uns ajustes, mas ela já estava pronta. O ajuste principal incluiu a introdução harmônica de dois violões, dica de nosso amigo Pietro, que estava presente em nossas reuniões iniciais para pensar os arranjos. Não ensaiamos com banda nenhuma das canções,. O que foi muito interessante e, de certo modo, me deu a chance única de ter a total observação sobre como cada instrumento deveria soar. Cada detalhe na execução foi percebido. Gravei a guia em voz e violão, exatamente como havia composto a canção, incluí a introdução acima proposta e começamos a gravar a bateria e ali criar os arranjos, junto com o Marcelo. Foi assim com o baixo também, onde eu e o Vinícius propusemos muitas de suas nuances. O arranjo de violão veio pronto da mente do Igor. O solo de trombone foi uma ideia minha, muito bem criada e executada pelo Peterson Silva, que toca o instrumento no disco.

É isso, caros. Se você leu até aqui que tal ouvir a canção novamente? Está no link abaixo. :)

Um abraço.

http://rd.io/x/QWvPJzderXir/

Mercado das Flores nasceu, floresceu!

O compacto Mercado das Flores, nasceu, brotou, floresceu! E como no planeta B612, esta plantinha foi pensada, trabalhada e esperada com muita ternura, mas também muito tesão. Oras! Prazer e trabalho, motes do mundo! A gestação foi de seis meses de muito trabalho, espera e certos pontos de trabalho de parto. Dorzinhas e prazeres. Mas valeu, valeu a paga. Nada além do que gostaríamos foi o resultado final. O compacto está aqui, para mim, para os amigos, para os conhecidos, para os desconhecidos, para todos, para quem se dispuser a entendê-lo, a senti-lo, a ouvi-lo e a compartilhá-lo, que, aliás, é o mais legal. É livre! Voa, menino! E tem mais: é para quem quiser baixá-lo gratuitamente; é para quem só quer ouvi-lo via streaming e é para quem quer comprá-lo, também. Olha que vale, hein? Seja qual for a sua opção, ele está em suas mãos. É todo nosso, mas caiu para o mundo! Nasceu, saiu, flutuou… Pegou carona nos pássaros alados cósmicos do B612, a caminho do planeta terra. Quem será o pequeno príncipe? Provavelmente você que ouve, pegando carona nos sonhos, quimeras, alegrias e chororôs de Dom de Oliveira.

Senhoras e senhores, Mercado das Flores.
(Clique na capa abaixo)Encarte Digital Mercado das Flores1

Chegando…

Ensaios com banda para o show de lançamento de Mercado das Flores. Em breve lançamento propriamente dito do disco na internet e canais de distribuição. Bons músicos, bons novos amigos, boas risadas e a tão almejada boa sonoridade.

E eu já nem me lembrava daqueles pequenos prazeres intensos de Amélie Poulain…

Estamos chegando, caros. Vamos juntos?